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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O governo norte-americano não está empenhado no combate ao Estado Islâmico, antes pelo contrário





Em Conjuntura Internacional, Destaques
Por Redação
Washington parece despreparado para ter um papel sério na luta contra o Estado Islâmico, tendo em vista que criou os terroristas e agora quer que eles permaneçam no Oriente Médio, disse o Ministro da Defesa do Irã, Hossein Dehghan.
“A coalizão ocidental é de uma natureza formal, eles não tem intenção real em lutar na Síria ou no Iraque. Não vemos disponibilidade da parte deles em exercer um papel verdadeiramente útil na luta contra o EI, porque são eles que criaram esses terroristas e estão interessados em mantê-los lá”, disse Dehghan à RT News.
De acordo com o Ministro de Defesa do Irã, Teerã nunca coordenou suas operações com os norte-americanos e “nunca irá colaborar com eles”.
“Talvez, as forças de coalizão queiram ver os terroristas enfraquecidos, mas, certamente, não destruídos, porque esses terroristas são sua ferramenta para desestabilizar essa região e outras partes do mundo.”
Ele também mencionou a frente Al-Nusra (também conhecida como Jabhat Fateh al-Sham) e disse que os terroristas na Síria recebem apoio dos EUA, Arábia Saudita e do Catar. Ele também acusou a Turquia de apoiar os terroristas em campo.
“Se o Irã, a Rússia e a Síria fossem chegar a um acordo com a Turquia para terminar com o apoio turco a esses grupos terroristas, particularmente o EI e Jabhat al-Nusra, e começar a lutar contra eles, então creio que veríamos a situação na Síria melhorar”, ele adicionou.
De acordo com o Ministro, qualquer cessar-fogo na Síria demandaria garantias e todas as partes devem concordar em cumprir com as condições da trégua.
“Não devemos deixar que o EI ou os grupos do al-Nusra façam parte do cessar-fogo. Todos os outros grupos deveriam iniciar um processo político e negociações com o governo Sírio.”
Ele adicionou que depois que a trégua entra em vigor, é importante separar os terroristas e os grupos de oposição prontos para negociar com o governo Sírio.
Todos os lados deveriam lutar contra o EI e al-Nusra, declarou Dheghan, dizendo que todos deveriam parar de apoiar terroristas em áreas políticas, financeiras e militares.
Terroristas na Síria sofreram perdas gigantes em estrutura organizacional nos últimos meses, disse Dheghan.
“No entanto, durante o recente cessar-fogo eles conseguiram se reorganizar, reagrupar e se preparar para as próximas lutas. Durante a batalha por Aleppo eles perderam muitos comandantes e combatentes. Essas perdas fizeram os terroristas saírem de Aleppo.”
Em Dezembro, Dheghan encontrou seus parceiros russos e turcos, Sergey Shoigu e Fikri Izik, respectivamente, e concordaram em preparar um texto da declaração de Moscou com passos imediatos para resolver a crise na Síria.
Aleppo, uma das maiores cidades da Síria, foi dividida em duas partes, a comandada pelo governo e a comandada pelos rebeldes, desde 2012. Hostilidades constantes lá resultaram em destruição ampla e muitas mortes de civis.
Em Outubro, forças do governo conseguiram capturar muitas das áreas de Aleppo comandadas por grupos armados, incitando negociações e um acordo para evacuar combatentes anti-governo e seus apoiadores civis. A evacuação, que aconteceu no meio de Dezembro, foi supervisionada por organizações humanitárias incluindo a Cruz Vermelha e a Organização Mundial de Saúde.
O exército russo está atualmente envolvido no processo de retirada de explosivos na áreas liberadas, fornecendo auxilio humanitário aos residentes que estão retornando, e restaurando utilidades básicas, disse o Ministro de Defesa do Irã. Ele lamentou que algumas organizações humanitárias que criticaram a Rússia por bloquear entregas de auxílio enquanto a guerra continuava em Aleppo, não estão ávidos agora para fazer o mesmo, enquanto está seguro.
Carta Maior [http://cartamaior.com.br/]:27/12/2016.

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