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quinta-feira, 31 de março de 2016

Quem são esses manifestantes contra-Lula e contra-Dilma?



Em artigo publicado pelo Dr. Micheline Ladoucer avalia as manifestações contra Dilma e Lula; os movimentos e seus financiadores que representam os interesses de um projeto neoliberal junto a juventude com o fim de desestabilizar governos progressistas em todo mundo, especialmente na America-Latina.
Eles não são os pobres das favelas feitos a cair ainda mais pelas políticas neoliberais do governo PT.
De acordo com uma sondagem da Folha de São Paulo,  em sua maioria os manifestantes são de uma classe social privilegiada (com uma educação e um nível de remuneração elevado) (Veja a tabela aqui abaixo). Entre essa elite alguns estão a exigir o retorno dos militares ao poder. Tem-se ainda aqui que o período governamental de Lula (2003-2010) pareceria ter atendido os interesses socio-políticos e econômicos dessas classes privilegiadas do Brasil.

O perfil do manifestante na Avenida Paulista, porcentagem de acordo com a renda 


A maioria dos manifestantes que estão a exigir o linchamento do ex-presidente do Brasil e o e impeachment da presidenta Dilma Rousseff näo escondem sua ideologia neoliberal ou sua decepção em relação a todas as políticas -“-neoliberais com cara humana” — para o conjunto da classe média.
É necessário sublinhar que o governo Dilma Rousseff continua a promover um governo populista de tendência neoliberal. Por sua parte Lula foi um bom amigo de George W. Bush. Até mesmo antes de sua primeira presidência ele se apressou a fazer uma visita ao Pentágono… (dezembro 2002)
Será Dilma suave demais frente a Washington? Qualquer que seja o caso ela ainda está sendo espionada pela NSA. As ameaças contra ela, por suspeita de corrupção, terão provavelmente motivado a presidenta a ignorar as últimas revelações de espionagem (2015). Uma coisa certa entretanto é que a destabilização do governo Dilma vai a favor de Washington
Quem são os “justiceiros do Brasil. Quem financia esses movimentos de protestos?
Os principais movimentos de protestos tem usado muito as redes de comunicação social para chamar os brasileiros a manifestarem-se para o impeachment da presidenta. Os três principais movimentos de oposição são: Movimento Brasil, Estudantes pela Liberdade e Vem pra Rua.




1.O Movimento dos Estudantes pela Liberdade
O movimento dos Estudantes pela Liberdade é um representante da organização americana “Students of Liberty”. Essa organização foi criada nos Estados Unidos. Os jovens participando nela se definem como “libertários”. Eles representam a direita e convidam os líderes do mundo inteiro a unirem-se aos Estados Unidos (estágios para estudantes). Eles referem-se também ao Instituto Cato e ao Senador Rand Paul. (Veja o artigo em inglês : Regime Change in Brazil? Right Wing Protest Movement Funded by US Billionaire Foundations, Training in US). Os Estudantes pela Liberdade estão também envolvidos nas manifestações contra o presidente Maduro da Venezuela, assim também como estiveram presentes na Praça Maidan na Ucrânia, em 2013.
The original source of this article is Global Research

Apesar da organização ter fins não lucrativos ela continua a buscar e a aceitar doações privadas de indivíduos, fundações, e contribuições. No seu primeiro ano a SFL teve 50 000 dólares de rendimentos. Os rendimentos aumentaram chegando a atingir 250 000 dólares no segundo ano, e depois 500 000 dólares no terceiro ano. As despesas foram de 65 % dos rendimentos no primeiro ano, 75 % no segundo ano, e 80 % no terceiro ano.
Ainda mais, o movimento é financiado também por investimentos de banqueiros como Hélio Beltran Filho, que faz parte do Grupo Ultra, um dos maiores conglomerados do país e o qual apoiou o golpe de estado de 1964 no Brasil. (Quem financia os protestos do dia 13?)
John Templeton Foundation – essa deu mais do que um milhão de dólares ao movimento americano Students for Liberty.


2. O Movimento Brasil Livre
O estudante fundador do Movimento Brasil Livre Kim Kataguiri recebeu apoio de organizações como Atlas e “Students for Liberty”. O MBL também recebeu doações de organizações estrangeiras. O movimento MBL, assim como o MEL (ou Students for Liberty) , é financiado em partes por Koch Brothers, magnatas do petróleo americano, e por formações do grupo Atlas, nos Estados Unidos, as quais são financiadas por homens de negócios. A ligação do MBL com a indústria Koch criou rumores de que o movimento contribui para a destabilização da petroleira brasileira Petrobras, ela mesmo estando agora abaixo de acusações de corrupção. May Vivian líder da época da PML afirmou ter recebido recursos da organização Atlas e dos “Students for Liberty”. Essas duas organizações foram criadas nos Estados Unidos e são apoiadas por fundações dos mesmos.

Kim Kataguiri líder da juventude conservativa do Brasil


 (Foto : Fernando Conrado / Democratize)
Aqui Kim Kataguiri ao lado do brasileiro mega-homem-de-negócios Jorge Gerau, presidente do conselho administrativo do Grupo Gerdo. Ele perdeu seu posto no Conselho de Administração da Petrobras em abril de 2014.
3. Movimento Vem pra Rua
O movimento Vem pra Rua (vemprarua.org.br) é financiado principalmente pela Fundação Estudar de Jorge Paulo Leman, um dos brasileiros mais ricos e proprietário da indústria de cerveja. Ele é também parceiro da brasserie AmBev, assim como também proprietário dos direitos da marca americana de fast food Burger King.
Esse movimento foi criado em setembro de 2013 e passou rapidamente de 20 a 300 000 amigos Facebook.


Esse movimento tenta dar uma imagem de que defende uma ideologia moderna e progressiva mas na realidade esse é um movimento conservativo e neoliberal sendo como são para a privatização da educação e da saúde.
“Another of the leading groups, Students For Liberty (EPL) – working together with the MBL – is the Brazilian associate of an organization with the same name in the U.S., also financed by the Koch Brothers. Furthermore, investment banker Hélio Beltrão Filho, the national head of EPL, inherited shares in Grupo Ultra, one of Brazil’s largest holdings. Grupo Ultra provided logistic and financial support to the right-wing military coup in 1964.
Fabio Ostermann and Juliano Torres, two of MBL leaders, were educated in the Atlas Leadership Academy, linked to the Atlas Economic Research Foundation, financed by the notorious U.S. businessmen the Koch Brothers.”
Em resumindo pode-se dizer que os líderes dos acima mencionados movimentos são a favor do neoliberalismo, da privatização dos serviços de saúde e educação assim como da privatização das estatais, como por ex. da petroleira brasileira Petrobras.
O grupo Revoltados On Line “Made in Brazil”

Marcello Reis, um dos líderes do Revoltados On Line. / A.B.
Fonte : O Comercio do Impeachment, 10 de Março de 2016
Diz-se aqui que um outro ponto é que não se deseja uma outra Venezuela assim como não se deseja uma “terrorista” como chefe de estado. Marcello Reis, fundador do grupo Revoltados On Line, acha que Dilma detesta o Brasil e que infelizmente ela é uma terrorista que governa o país.(“Dima Rousseff odeia o Brasil, é uma terrorista que infelizmente está no poder nesse país”.) 700 000 pessoas* seguem esse movimento que quer banir o “petismo” ou seja o PT, e o bolivarianismo no Brasil. Esse líder é um exemplo dos que creem que só um golpe de estado militar permitiria por fim a esse governo “corrompido” … e aqui ele dá a posição do militar Jair Bolsonaro, conhecido por suas posições de extrema direita e anti-homosexual, como exemplo.
Brasil – “Que país é esse? …   E a “Revolução Colorida” à brasileira continua … !
 Micheline Ladouceur
Artigo original em francês :
Traduzido do francês por Anna Malm, artigospoliticos.wordpress.com para Mondialisation.ca 
[*observe-se aqui entretanto que seria bom lembrar-se de que o Brasil tem 200,4 milhões de habitantes – 2013 Wikipedia] 


The original source of this article is Global Research

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