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sábado, 7 de dezembro de 2013

Cuba disposta a diálogo com E.U.A. sobre caso Alan Gross



Havana, (Prensa Latina) Cuba reiterou sua disposição a estabelecer um diálogo com Estados Unidos para encontrar uma solução "sobre bases recíprocas" ao caso do cidadão norte-americano Alan Gross, sancionado aqui por violar as leis cubanas.
A Diretora Geral de Estados Unidos do Ministério de Relações Exteriores, Josefina Vidal, esclareceu em uma nota divulgada na terça-feira que o diálogo deverá contemplar as preocupações humanitárias de Cuba vinculadas ao caso dos quatro antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos.
Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerreiro e Fernando González cumprem prolongada e injusta prisão por delitos que não cometeram e que nunca foram provados, agregou a diplomata.
Os Cinco, como se conhece os antiterroristas, foram presos junto a René González em 1998 por rastrear organizações que executavam e financiavam ações contra a ilha.
Seu encarceramento -agregou Vidal- tem um alto custo humano para eles e seus familiares. Não podem ver seus filhos crescer, têm perdido a mães, pais e irmãos, enfrentam problemas de saúde e têm estado separados de sua família e de sua Pátria por mais de 15 anos.
A servidora pública referiu-se ao comunicado emitido pelo Escritório do Porta-voz do Departamento de Estado em 2 de dezembro, o qual fez questão da libertação imediata e incondicional de Gross, argumentando que seu encarceramento é injustificado.
Alan Gross foi detido, processado e sancionado por violar as leis cubanas, ao implementar um programa financiado pelo Governo norte-americano com o objetivo de desestabilizar a ordem constitucional cubana, mediante o estabelecimento de sistemas de comunicações ilegais e encobertos, com tecnologia não comercial, explicou.
Segundo Vidal, estas ações constituem delitos graves que são severamente sancionados na maioria dos países, incluindo Estados Unidos.
Assim mesmo, indicou que Gross tem recebido um tratamento decoroso e humano desde sua detenção.
Cuba -afirmou- compreende as preocupações humanitárias que coincidem no caso mas considera que o governo estadunidense tem responsabilidade direta por sua situação e a de sua família, e como tal, deve trabalhar com o governo cubano na busca de uma solução.
A nota também se refere à informação dada por meios da imprensa dos Estados Unidos sobre a carta que 66 senadores norte-americanos, democratas, republicanos e independentes, enviaram ao presidente desse país, Barack Obama, em relação com o caso.
Os senadores instaram ao presidente a conferir-lhe prioridade humanitária à libertação de Gross e dar qualquer passo que esteja "no interesse nacional" de maneira expedita para conseguir sua libertação, manifestando que brindariam seu apoio na consecução deste objetivo.

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