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sábado, 31 de agosto de 2013

Comunistas russos recusam política agressiva dos EUA e da OTAN


Escrito por Camila Carduz de Prensa Latina


Moscou, 31 ago (Prensa Latina) O líder do Partido Comunista da Federação de Rússia (PCFR), Guennadi Ziuganov, exortou hoje ao mundo a levantar contra a política agressiva dos Estados Unidos e da OTAN, e respaldar a Síria.
Ziuganov disse em declarações a Prensa Latina que a aventura militar urdida pelo governo estadunidense e seus aliados do bloco ocidental "cheira a uma grande guerra", à qual há que se opor firmemente.
Estamos -os comunistas russos- não só categoricamente na contramão das ações militares, como exortamos ao mundo a se levantar contra essa política belicista, sublinhou o dirigente da segunda força política na Rússia. Ziuganov relembrou os bombardeios perpetrados pela OTAN, sob o amparo dos Estados Unidos, contra a antiga Iugoslávia, e como destruíram a uma série de Estados.

Converteram -listou o político- o Afeganistão em um centro do narcotráfico e das drogas na Ásia Central, e o Iraque em um palco permanente sangrento, em alusão às seguidas agressões levadas a cabo em 2001 e 2003.

Alertou nesse sentido que a anunciada aventura militar levará à destruição de todo esse imenso espaço (a região do Oriente Médio) e a gerar um caos belicista de consequências imprevisíveis.

Coincidiu o dirigente comunista russo em que o pretexto usado desta vez para bombardear a Síria, é outra mentira inventada, pois nenhum governo "seria capaz de empregar armas químicas na capital de seu próprio país, nem contra sua gente".

Ziuganov apreciou a firme posição da Rússia e da China mantida dentro do Conselho de Segurança de rejeição a uma intervenção estrangeira e o uso da força contra um Estado soberano.

Nossa tarefa comum é intervir ativamente contra os planos de agressão da OTAN e apoiar a Síria nestes momentos difíceis, reforçou.

Para o vice-presidente primeiro da Duma estatal (câmara baixa), Iván Melnikov, os Estados Unidos repetem o mesmo palco que levaram a cabo em uma série de países, em primeiro lugar no Iraque.

Enfatizaram naquele momento a existência de armas de destruição em massa, e sob esse argumento perpetraram uma agressão contra a nação do golfo Pérsico, recordou o também dirigente do PCFR.

Afirmou Melnikov a Prensa Latina que nem a ONU nem a comunidade internacional possuem absolutamente provas do emprego de armas químicas pelas autoridades sírias contra a população pacífica.

Nosso povo -enfatizou- recusa categoricamente o uso da força contra o governo legítimo da Síria, e "os comunistas apoiamos totalmente a postura oficial", expressou o segundo ao comando desse agrupamento, quem se postula para o cargo de prefeito de Moscou.

O presidente do movimento antiglobalização na Rússia, Alexander Ionov, opinou em declarações a esta agência que os Estados Unidos e seus aliados devem pensar bem antes de empreender outra aventura bélica.

Não se trata só, alertou o ativista russo, de mirar um golpe contra a Síria, senão também o direito internacional e à posição de outros atores internacionais de importância.

Vemos como os setores imperialistas de novo atiçam a possibilidade de uma intervenção militar direta, neste caso, na Síria, contra a Carta da ONU e as normas do direito internacional, abundou Ionov.

Coincidiu com especialistas e políticos em que um ataque ao país árabe provocará, sem dúvida, um conflito maior no Oriente Médio. Por isso, repito, os Estados Unidos devem repensar bem, antes de desatar uma guerra de envergadura nessa zona.

Ionov disse a Prensa Latina que em caso de uma intervenção militar dos Estados Unidos, ativistas do movimento penetrarão na embaixada norte-americana, em Moscou, numa ação de protesto.

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