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sábado, 13 de julho de 2013

Lei Beyoncé e Jay-Z” quer reforçar bloqueio turístico dos EUA a Cuba




Beyoncé e Jay-Z visitaram Cuba em abril, pela comemoração de cinco anos de casamento. casal foi criticado por dissidentes nos EUA (Agência Efe)



Visita do casal a Havana levou republicanos a criarem projeto para bloquear completamente turismo de lazer entre os países
Congressistas republicanos não gostaram da visita que os músicos Beyoncé e Jay-Z fizeram a Cuba em abril desse ano. Na última quarta-feira (10/07), inspirados pela repercussão da ida do casal a Havana, eles apresentaram um projeto de lei que pretende restringir definitivamente a viagem de norte-americanos a Cuba. Caso a medida seja aprovada, residentes do EUA só poderão viajar ao país com finalidades acadêmicas, portando um certificado de estudos previamente aprovado por Washington.
Na verdade, a lei que limita atividades turísticas entre EUA e Cuba já existe. No entanto, ela é flexível e não passa por controle rigoroso dos órgãos normativos que fiscalizam as viagens entre os países. A manobra republicana pretende, então, tornar mais eficaz a inspeção.
“A viagem de Beyoncé e Jay-Z para Cuba foi um exemplo de como as regras não são respeitadas. Eles só poderiam ter ido ao país para estudar ou receber algum diploma acadêmico. Não foi isso que aconteceu, certo?”, indagou o republicano Ander Crenshaw em entrevista ao portal Politico.
Congressistas democratas acreditam que a lei é que mais uma das tentativas republicanas de frear os avanços nas relações diplomáticas entre EUA e Cuba sob a administração Obama. Essa é absolutamente uma tentativa de ataque à abertura conquistada nos últimos anos entre os países”, afirma o congressista democrata de Nova York, Jose Serrano.
Na ocasião da ida do casal -- uma comemoração de cinco anos de casamento --, deputados do Estado da Flórida pediram uma CPI para investigar a viagem. “A indústria do turismo em Cuba é totalmente controlada pelo Estado, e assim os dólares gastos lá financiam diretamente a máquina de opressão ao povo cubano”, afirmaram em abril os republicanos Ileana Ros-Lehtinen e Mario Diaz-Balart, representantes da Flórida, lar da maioria dos opositores cubanos que abandonaram a ilha.
“Representamos uma comunidade de muitos que foram profundamente prejudicados pelas atrocidades do regime de Castro, incluindo ex-prisioneiros políticos e famílias de inocentes assassinados”, escreveram em comunicado divulgado na ocasião.
Centenas de norte-americanos conseguem chegar à ilha todos os anos, normalmente fazendo escala em outro país. Poucos sofrem retaliações. Os EUA mantêm a ilha na lista de países que promovem o terrorismo, além de continuar com o sistema de embargo comercial. Apenas cubanos-americanos têm permissão de tráfego livre e autoridades de imigração cubanas não costumam estampar os passaportes de norte-americanos.

Opera Mundi


Fonte: PÁTRIA LATINA

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