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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Paramilitares colombianos detidos poderiam atentar contra Maduro, diz ministro

Publicado em operamundi


Miguel Rodríguez Torres afirmou que os capturados integram duas importantes quadrilhas de “criminosos” da Colômbia


O ministro das Relações Interiores, Justiça e Paz da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres, ofereceu detalhes, nesta segunda-feira (10/06) sobre os colombianos apreendidos pelo Serviço Inteligência do país neste domingo. De acordo com ele, os capturados integram duas importantes quadrilhas de “paramilitares e criminosos” do país vizinho, uma conhecida como “Los Rastrojos” e a outra liderada por “Chepe Barrera”. Com os nove capturados, foram encontrados diversos equipamentos e armamentos, que segundo o ministro, poderiam ser destinados ao assassinato do presidente Nicolás Maduro.

Torres afirmou que os interrogatórios preliminares com os supostos paramilitares levaram à informação de que os grupos se dirigiriam à capital do país “para cumprir uma missão que seria dada quando já estivessem em Caracas”. De acordo com ele, um terceiro grupo de paramilitares colombianos pode já estar na capital venezuelana à espera para atuar. “O Serviço Bolivariano de Inteligência continua rastreando estes grupos para capturá-los e esclarecer quais são os fins e motivações que todos estes paramilitares colombianos têm em nosso território”, garantiu.

Seis membros de um dos grupos foram apreendidos em Táchira, Estado que faz fronteira com a Colômbia, levavam um fuzil AK-47 “com número de série desgastado” e dois carregadores, duas pistolas 9 mm, um revólver de calibre 38, uma escopeta, cinco celulares e uma moto. Posteriormente, três foram presos na cidade de Guanare, capital do Estado de Portuguesa, onde teriam alugado um sítio que funcionaria como “centro de operações”. “Conseguimos determinar, com a análise de conexões, de que haveria vinculações entre os dois grupos”, explicou o ministro.De acordo com Torres, o segundo grupo pertence à quadrilha colombiana liderada por “Chepe Barrera” e foi capturado com um fuzil de fabricação norte-americana, carregadores, cartuchos, uma pistola e uniformes militares com a simbologia do exército venezuelano. Além disso, também foram encontrados equipamentos de aeronaves como uma caixa preta “para sistema de gravação de cabine e dados aeronáuticos”. Ainda se investiga o modelo de equipamento encontrado. “Essa caixa poderia ser utilizada para o falso-positivo de um acidente aéreo”, analisou Torres.

“Esse tipo de fuzis de assalto são utilizados sem dúvida nenhuma para operações que esses senhores colombianos conhecem muito bem, como os assassinatos por aluguel e magnicídio [assassinato presidencial]”, disse, afirmando o fato de que os grupos se dirigiriam a Caracas leva à suspeita de que estes tenham "conexões políticas com elementos da extrema direita venezuelana”.

Torres disse ainda estar apresentando dados “com toda a responsabilidade e seriedade”. “Estamos atrás das pistas que estes dois grupos estão dando nos interrogatórios e análises, e como eles mesmos informam, já deve ter em Caracas outro grupo armado com fuzis de franco-atiradores e armas longas, que eles não sabem onde estão, mas imaginam que já devem estar na capital”, afirmou.
Agência Efe



Atentado contra Maduro

“Presumimos com muita força que [os paramilitares no país] são parte de um plano que está sendo orquestrado de lá [Colômbia] contra a vida do nosso presidente e atentar contra a estabilidade do governo bolivariano”, considerou, mencionando a recente denúncia realizada pelo ex-vice-presidente da Venezuela, José Vicente Rangel, de que venezuelanos da oposição teriam comprado 18 aviões de guerra dos Estados Unidos, que seriam levados a uma base militar norte-americana na Colômbia.

O presidente Nicolás Maduro, que havia anunciado ontem a captura dos paramilitares, voltou a se manifestar em uma sequência de posts no Twitter: “Ratifico [que] da Colômbia se conspira contra nossa Pátria, a direita coordenou novamente que grupos assassinos venham à nossa pátria”, escreveu, após afirmar que seu país está “enfrentando um plano da direita fascista com o apoio da Colômbia, de grupos violentos, para assaltar o poder político”. “A guerra psicológica e a campanha suja contra nossa Pátria têm como base trazer a violência fascista com paramilitares da Colômbia”, complementou o chefe de Estado, que garantiu: “Vamos a fundo contra a conspiração”.

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