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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Rússia sobe o tom e faz alerta sobre possível intervenção na Síria‎


Para vice-premiê sírio, uma intervenção militar direta no país teria consequências para além das fronteiras sírias



 
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, advertiu contra qualquer ação unilateral na Síria depois de uma reunião com o chanceler chinês e afirmou que os dois países têm o compromisso de assegurar o cumprimento da “lei internacional”.


Segundo Lavrov, Moscou e Beijing estão comprometidos “com a necessidade de respeitar estritamente as normas do direito internacional e em não permitir a sua violação”.

A declaração foi realizada nesta terça-feira (21/08), um dia depois das ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, ao regime de Bashar al Assad, e foi considerada uma resposta do Kremlin à Casa Branca. Em coletiva de imprensa na segunda-feira (20/08), Barack Obama afirmou que caso o regime sírio apele para o uso de armas químicas, “pode haver enormes consequências", capazes de mudar seus cálculos "significativamente”.


Principais aliados do governo sírio na cena política das potências internacionais, autoridades russas e chinesas vetaram três resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas que incluíam a possibilidade de intervenção militar no país.

Uma intervenção militar na Síria também foi descartada pelo vice-premiê sírio, Qadril Jamil, que estava em Moscou nesta terça-feira (21/08) se reunindo com autoridades do Kremlin. “Uma intervenção militar direta na Síria é impossível porque qualquer um que esteja considerando isso, está indo em direção a um confronto que se estende para além das fronteiras sírias”, disse ele.

Jamil, que atribuiu o pronunciamento de Obama a uma jogada de campanha, afirmou nesta terça-feira (21/08) que seu país está disposto a negociar todas as questões com os opositores, incluindo a saída do presidente Bashar al Assad do poder.

Negociações com a oposição

"Até onde é possível falar desse tema, fazer da renúncia em si uma condição para se iniciar um diálogo significa que esse diálogo nunca irá ocorrer", disse Jamil. "Mas eventuais problemas podem ser discutidos durante as negociações. Estamos prontos até mesmo para discutir esse assunto (a saída de Assad)", afirmou Jamil, segundo intérpretes russos.

De acordo com o jornal francês Le Figaro, fontes políticas não identificadas afirmam que a ida de Jamil a Moscou em o objetivo de discutir um projeto que será futuramente apresentado à comunidade internacional pela Rússia – com o acordo do governo da Síria – no qual estaria prevista a realização eleição presidencial antecipada sob supervisão internacional.

O ministro de Reconciliação Nacional da Síria, Ali Haidar, que também participou da reunião em Moscou, pediu que a oposição que luta pela deposição do regime Assad, “largue as armas”, e que essa medida era uma condição indispensável para um diálogo. "Todos que tiverem armas em mãos devem entregá-la. Desta forma, a situação voltará a seu estado natural e poderemos resolver os problemas políticos", disse Haidar em entrevista coletiva.

Os confrontos entre governo e oposição na Síria se prolongam desde março do ano passado. De acordo com a ONU, mais de 20 mil pessoas, a maioria civis, morreram em razão da crise política, que já foi classificada pelas Nações Unidas como uma guerra civil.
Para vice-premiê sírio, uma intervenção militar direta no país teria consequências para além das fronteiras sírias

  
   


O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, advertiu contra qualquer ação unilateral na Síria depois de uma reunião com o chanceler chinês e afirmou que os dois países têm o compromisso de assegurar o cumprimento da “lei internacional”.

Segundo Lavrov, Moscou e Beijing estão comprometidos “com a necessidade de respeitar estritamente as normas do direito internacional e em não permitir a sua violação”.

A declaração foi realizada nesta terça-feira (21/08), um dia depois das ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, ao regime de Bashar al Assad, e foi considerada uma resposta do Kremlin à Casa Branca. Em coletiva de imprensa na segunda-feira (20/08), Barack Obama afirmou que caso o regime sírio apele para o uso de armas químicas, “pode haver enormes consequências", capazes de mudar seus cálculos "significativamente”.

      
  Principais aliados do governo sírio na cena política das potências internacionais, autoridades russas e chinesas vetaram três resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas que incluíam a possibilidade de intervenção militar no país.

Uma intervenção militar na Síria também foi descartada pelo vice-premiê sírio, Qadril Jamil, que estava em Moscou nesta terça-feira (21/08) se reunindo com autoridades do Kremlin. “Uma intervenção militar direta na Síria é impossível porque qualquer um que esteja considerando isso, está indo em direção a um confronto que se estende para além das fronteiras sírias”, disse ele.

Jamil, que atribuiu o pronunciamento de Obama a uma jogada de campanha, afirmou nesta terça-feira (21/08) que seu país está disposto a negociar todas as questões com os opositores, incluindo a saída do presidente Bashar al Assad do poder.

Negociações com a oposição

"Até onde é possível falar desse tema, fazer da renúncia em si uma condição para se iniciar um diálogo significa que esse diálogo nunca irá ocorrer", disse Jamil. "Mas eventuais problemas podem ser discutidos durante as negociações. Estamos prontos até mesmo para discutir esse assunto (a saída de Assad)", afirmou Jamil, segundo intérpretes russos.

De acordo com o jornal francês Le Figaro, fontes políticas não identificadas afirmam que a ida de Jamil a Moscou em o objetivo de discutir um projeto que será futuramente apresentado à comunidade internacional pela Rússia – com o acordo do governo da Síria – no qual estaria prevista a realização eleição presidencial antecipada sob supervisão internacional.

O ministro de Reconciliação Nacional da Síria, Ali Haidar, que também participou da reunião em Moscou, pediu que a oposição que luta pela deposição do regime Assad, “largue as armas”, e que essa medida era uma condição indispensável para um diálogo. "Todos que tiverem armas em mãos devem entregá-la. Desta forma, a situação voltará a seu estado natural e poderemos resolver os problemas políticos", disse Haidar em entrevista coletiva.

Os confrontos entre governo e oposição na Síria se prolongam desde março do ano passado. De acordo com a ONU, mais de 20 mil pessoas, a maioria civis, morreram em razão da crise política, que já foi classificada pelas Nações Unidas como uma guerra civil.

Opera Mundi

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